terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Marcha lenta contra extinção de freguesias

"O povo de Montemor-o-Novo, mais uma vez, saiu à rua e disse não a esta imposição governamental. A população sabe bem que a extinção de freguesias é prejudicial", afirmou hoje à agência Lusa a presidente do município, Hortênsia Menino.
O protesto, promovido pelas juntas de freguesias do concelho, envolveu "pequenas caravanas automóveis" que partiram das várias freguesias, rumo à cidade de Montemor-o-Novo, onde a marcha lenta "engrossou" e culminou no Largo do Mercado.
No final, houve um período de intervenções e, à margem dos discursos, a presidente da câmara municipal manifestou à Lusa ainda ter "esperança" de que a lei sobre a reorganização administrativa do território, que prevê a extinção de freguesias por todo o país, não venha a ser aplicada.
"Temos esperança de que isso não aconteça porque a voz da população é forte e tem-se manifestado de norte a sul do país, pelo que esperamos que, daí, possam vir resultados positivos", referiu a autarca.
O Projeto de Lei 320/XII sobre a Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, proposto pelo PSD e pelo CDS/PP, já foi aprovado pela Assembleia da República, na generalidade, mas ainda falta a "luz verde" na especialidade.
No concelho de Montemor-o-Novo, está prevista a criação de duas uniões de freguesias: uma fruto da extinção das freguesias de Silveiras, Nossa Senhora do Bispo e Nossa Senhora da Vila, enquanto a outra resulta da agregação de Lavre e Cortiçadas de Lavre.
"A população está consciente da gravidade desta proposta e das consequências da extinção das freguesias, que vai implicar menos capacidade de resposta às suas necessidades e a perda de peso das suas reivindicações", argumentou Hortênsia Menino.
Segundo a presidente deste município alentejano, a avançar a extinção de freguesias, tal vai "afastar ainda mais os eleitos dos eleitores".
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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